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Planejamento Participativo e PEPP: Rumos para 2014

Tive o prazer de ser convidado para entrevista de capa na Revista Direcional

Educador, ano 9, edição 107 – Dezembro/2013. Era fim de ano, momento propício para

pensar o planejamento do próximo ano e, por isso, o convite, já que vinha me dedicando,

desde 2001, ao tema do projeto político pedagógico da escola (PPP) e, depois, em 2007,

do projeto eco-político-pedagógico da escola (PEPP), quando publiquei meu livro “Educar

em Todos os Cantos”.

Nas páginas 6 a 9 da publicação, discorro longamente sobre o tema e começo

afirmando que planejamento que não entra na sala de aula não “pega”, não convence,

não apaixona… e sem paixão não acontece educação. Hoje, 6 anos após esta entrevista,

num contexto da educação brasileira dos mais conturbados de nossa história,

compreendo que aprofundarmos nas instituições educacionais esta verdadeira temática

do planejamento, é mais ainda necessária. É que falamos de um planejamento

humanizado, criativo, crítico, participativo, que nos ajuda a compreender,

convivencialmente, científica e sensivelmente, a absoluta necessidade da democracia na

escola, na sala de aula, na comunidade e na sociedade na qual vivemos.

A Constituição Federal brasileira de 1988, que afirmou a democracia e a educação

cidadã – Constituição esta que ficou conhecida como Constituição Cidadã – está hoje

sendo desfacelada, atacada, desrespeitada. Vivemos um retrocesso sem antecedente no

Brasil. E este processo vem se aprofundando drástica e rapidamente, bancado pelos 3

poderes oficialmente constituídos no país (executivo, legislativo e judiciário), comandado

pelas grandes corporações econômicas mundiais – de tradição conservadora, de ultra-

direita e fascista - somado à força e à ganância do quarto poder – representado pelas

grandes mídias, pela comunicação que por mais que disfarce, para garantir a sua força,

negocia com os demais poderes suas dívidas econômicas e seu gosto por caminhas

sempre ao lado da “elite do atraso” (Jessé Souza), na “era do capital improdutivo”

(Ladislau Dowbor). O fim de tudo isso, é o enfraquecimento da democracia, o fim dos


direitos dos/as cidadãos/ãs, e o estabelecimento de uma ditadura disfarçada – que é

política-civil-jurídica e apoiada pelo exército.

Corremos riscos até por nos pronunciarmos. Mas o medo não poderá vender a

ousadia e devemos continuar trabalhando forte, resistindo e afirmando a nossa dignidade e

nossa esperança, para que, por meio da educação, que acontece em toda a nossa vida –

por isso, é permanente, consigamos revertes os retrocessos que estamos

experimentando. Isso não é novo, mas, devemos reconhecer: os de hoje têm sido

gigantescos e muito eficiente, na lógica da escravidão de nosso povo e na aposta na

ignorância do mesmo.

Para que possamos construir o processo de resistência, é necessária formação

base, formação cidadã e política, sobretudo com crianças e jovens, mas também,

evidentemente com pessoas adultas e idosas. E a instituição escolar, em todos os níveis

e modalidades, é instância privilegiada pela qual todos passam. Por meio do

planejamento dialógico, todos os segmentos escolares participante, seremos capazes,

mesmo no atual contexto de crise, de transformá-la em oportunidades, gerando projeto

eco-político-pedagógicos que valorizam a vida em todas as suas dimensões e que

oportunizam a ação transformadora sobre o mundo em que vivemos.

Não podemos perder a esperança. Mas devemos planar com esperança sem

espera, colocando a mão na massa, fortalecendo diálogos nas nossas comunidades, nas

nossas escolas, discutindo que mundo temos, que escola queremos, que planeta

sonhamos.

Se a escola já tem seu projeto, é hora de atualizá-lo. Se não tem, é hora de criá-lo,

sem mais espera. E não precisamos necessariamente esperar o final do ano para

começar a pensar no próximo ano letivo. A hora é agora. É disso, e muito mais, que trata

esta entrevista que concedi à Revista Direcional Educador em 2013. Hoje, no contexto da

crise econômica que atinge diretamente as instituições educativas e o mercado editorial,

sei que esta revista não é mais publicada fisicamente., contudo, cópia da entrevista

escaneada. Caro queira receber a entrevista na íntegra, envie-me seu e-mail no

endereço abaixo, que terei prazer em enviar para você, gratuitamente, é claro.

Mas indico também que os fundamentos e orientações práticas sobre o tema de

minha entrevista, pode ser encontrado também em meus livros relacionados ao assunto:

1. Planejamento dialógico: como elaborar o projeto político-pedagógico da escola. São

Paulo, Cortez/IPF, 2001; 9 a edição em 2017); 2. Educar em todos os cantos: reflexões e

canções por uma educação intertranscultural. São Paulo, Cortez; 2007; Ed,L, 2012). Trato

também deste tema em minhas palestras, oficinas e assessorias.


Capa da Edição 107, de Dezembro de 2013, ano 9 da Revista Direcional Educador com Paulo Roberto Padilha
Capa da Edição 107, de Dezembro de 2013, ano 9 da Revista Direcional Educador com Paulo Roberto Padilha
Esta é uma das 50 entrevistas de Paulo Roberto Padilha publicadas pela Revista Direcional Educador
Esta é uma das 50 entrevistas de Paulo Roberto Padilha publicadas pela Revista Direcional Educador


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E-mail: contato@peixevoa.com.br

padilha5200@gmail.com

Telefone/whatsapp: (11) 95794-0354

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